Relações internacionais de 1929 a 1939

Introdução
Cada povo necessita um do outro para o seu crescimento e desenvolvimento, as politicas, a economia o tipo de governo, ajudas, financiamentos, investimentos, entre um país e outro parte de um princípio básico: as relações internacionais, que são um conjunto de acordos e princípios diplomáticos, estabelecidos por dois países ou mais com o propósito de aliança, crescimento, desenvolvimento e investimento.
O foco deste trabalho é as relações internacionais de 1929 a 1939, período dominado por muitas guerras, muitas traições entre povos, muita crise económica, onde as relações internacionais neste período foi muito abalada por estes conflitos, e crises estendidas durante este período, mas que no final as relações diplomáticas estabeleciam a paz entre os povos e recuperação dos danos provocados pelas crises.
Para elaboração deste trabalho foi usado o método hermenêutico, que consiste na leitura e interpretação de testos, e os mesmos constam anexadas no final deste trabalho como referências bibliográficas.

    Relações internacionais
É a condução dos princípios diplomáticos entre povos, nações e empresas nas áreas política, econômica, social, militar, cultural, comercial e do direito. Estas relações realizam-se num cenário mundial onde investiga-se mercados e a situação política das nações, avalia-se as possibilidades de negócios e investimentos no exterior. Promover entendimentos entre empresas e governos de diferentes países, abrindo caminho para exportações, importações e acordos bilaterais ou multilaterais. A internacionalização da economia amplia o campo de atuação desse profissional, que pode trabalhar em ministérios, embaixadas e ONGs (http://guiadoestudante.abril.com.br/profissoes/ciencias-humanas-sociais/relacoes-internacionais-688119.shtml).
1.1.Antecedentes das relações internacionais (1919-1939)
Durante os seculos XVII e XVIII, a política internacional continuou girando em torno dos imperialistas das várias potências. Para justificar suas atitudes, elas sempre encontravam um pretexto, religioso ou nacionalista. Assim lutas entre católicos e protestantes abalaram o império Germânico, e a França revindicou possessões espanholas, alemãs e holandesas em nome dos limites que haviam tido na idade media (JOBSON. 1994. 173).
A hegemonia europeia do seculo XVII coube a franca no seculo XVIII, à Inglaterra. Problemas coloniais passaram para o primeiro plano nesse período. Os conflitos políticos juntavam-se as lutas religiosas, a ideia da tolerância religiosa era estranha ao homem naquela época, no império Germânico, os príncipes protestantes se aliaram, na liga Evangélica para fazer oposição a política do imperador em seguida os príncipes uniram-se na liga sagrada.
Em 1618, nobres invadiram o castelo de praga e jogaram pela janela os oficiais representantes do imperador, a devastação da praga. Recusaram-se a aceitar o imperador eleito, Ferdinando II, e escolheram um protestante, Frederico V, como rei da Boémia. Assim começou a guerra de trinta anos (1618-1648) (Idem).
Fernando II venceu os protestantes e tomou medidas severas, condenou a morte o chefe da revolta, confiscou-lhes os bens, abulio privilégios políticos e a liberdade do culto, confiscou os domínios de Frederico V e retirou-lhe o direito de eleger o imperador. Os conflitos entre vários países alongou-se até que o imperador entrou então em negociações para terminar a guerra.
1.1.1.      Reflexos na europa
Os tratados de paz subsequentes criaram condições de expansão da França, o tratado de Westfália (1648) marcou o fim do poder imperial na germania. O tratado marcou início da hegemonia da França, pois lhe deu a Alsácia e os domínios Habsburgo da religião. (Ibidem. 174)
2.      Início das relações internacionais no período (1919-1929)
A hegemonia europeia sobre o mundo foi fortemente abalada “a estrela perdeu seu brilho” com a primeira guerra mundial. Foi um serio golpe no sistema liberal capitalista, em seguida foi a revolução russa de 1917 tornando-se irremediável o declínio da Europa. Debilitada pelas revoltas, a Europa encontrava-se fortemente abalada pelo socialismo. Vários países foram abalados por tentativas revolucionárias nos moldes bolchevistas.
No primeiro decénio de 1919-1929, podemos dizer que foram “anos de ilusão” aparentemente tudo indicava prosperidade e segurança. O povo queria a paz e os governantes procuravam mantelas através de tentativas de desarmamento e pacificação, a liga das nações empenhada em resolver os problemas internacionais, parecia corresponder aos idéias liberais e democráticos que se acreditavam ter triunfados (AQUINO. 1980. 262)
 Posteriormente as ilusões de paz foram postas de lado, em 1929 ocorreu uma grande crise económica que atingiu todos países capitalistas o capitalismo europeu assentou seu período de declínio, quanto a URSS permaneceu isolada na política internacional, embora tivessem existido tentativas de aproximação.
A crise era imanente e os antagonismos permaneceram latentes, bastou apenas o aumento das políticas imperialistas para que fosse comprido o precário equilíbrio entre as grandes potências com a segunda guerra mundial. Onde a “ilusão da paz” foi substituída pela “desilusão da guerra”


2.1.A crise de 1929
Culminando com o rápido declínio das actividades económicas e sendo um reflexo deste problema estrutural, em 24 de outubro de 1929, ocorreu a quinta-feira negra, a quebra da bolsa de Nova York, nesse dia foram lançados no mercado mais de 16 milhões de títulos, os quais não encontraram compradores, acelerando-se a queda do seu valor. A crise norte-americana arrastou consigo os países ligados a economia norte americana, uma das características desta crise foi a amplidão e universalização, pois a economia capitalista estava no alto grão de interdependência (Ibidem. 272).
A crise se prolongou ate as vésperas da segunda guerra mundial, e fez com que falissem todos bancos americanos e europeus. De 1929 a 1933 a produção industrial retrocedeu, tendo o ponto mais baixo em 1932, a Alemanha foi o país mais atingido, os prejuízos repartiram os EUA, a Alemanha, Inglaterra, Franca e Bélgica, holanda Áustria e o Canadá.
A agricultura desde 1919 em crise foi atingida violentamente, observando uma queda enorme dos preços a uma diminuição do poder de consumo, o que levou países tradicionalmente exportadores de produtos agrícolas, tais como Brasil, Argentina, Nova Zelândia e outros, a enfrentarem o problema da superprodução e da bancarrota (Idem).
A crise internacional manifestou-se através de desorganização. A estagnação do comércio internacional era agravada pelos expedientes tradicionais, como o aumento do protecionismo e as desvalorizações monetárias. O reavivamento do comércio iniciou em 1934 para as matérias-primas. Os produtos agrícolas e industriais encontraram seu ritmo normal em 1939 (Ibidem. 273).
2.2.Intervenções dos estados e as diversas soluções nacionais
Numa primeira fase, os governantes limitara-se a adotar medidas tradicionais que se mostraram inadequadas, tais como protecionismo alfandegário, a deflação e controle de câmbio.
A Inglaterra só recuperou os índices de produção em 1928, ele viveu um período de longa crise. A crise atingiu o plano político, favoreceu o fortalecimento dos conservadores, embora os trabalhistas mantivessem o poder com Ramsay Mac Dobald que formou um governo de coalização. A intervenção do estado na economia encontrou serias resistências, não só entre os grupos conservadores mas também a sociedade no geral tudo por causa da política deflacionaria que implicava o congelamento de todos salários, o que era inviável para o governo trabalhista, apoiando nos sindicatos (Ibidem. 276).
A Commonwealth (comunidade britânica das nações), formou um bloco económico, no qual os produtos ingleses e dos domínios gozariam de tarifas preferenciais. Só um único país de fora do império inglês teve seus interesses salvaguardados “a Argentina” que era a tradicional exportadora de trigo e carne para a Grã-Bretanha como fixou o tratado de Roca-Rúnciman. Tal conjunto de medidas permitiu a Inglaterra recuperar-se (Ibidem.275).
A solução norte-americana começa a ter repercussão com o democrata Franklin Delano o democrata eleito pela maioria nos EUA, que reuni uma equipe de tecnocratas com o objectivo de estancar a ¹crise infernal, tomando medidas ceveiras as chamadas ²New Deal: fechamento temporário dos bancos e requisição dos estoques de ouro, desenvolveu também uma política de inflamação moderada, a desvalorização do dólar permitiu o pagamento das dívidas e a revalorização dos estoques e salários, aumentando o poder aquisitivo e população e os lucros dos empresários (Idem).
3.      As relações internacionais (1919-1939)
O período histórico que se estendeu de 1919 a 1939, geralmente denominado entre-guerras, foi marcado pela crise. As relações internacionais deste período, podem ser divididas em duas fases completamente distintas (Ibidem. 262).
1.      De 1919 a 1929, decénio conhecido como anos de ilusão;

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¹Crise infernal, segundo a obra de Aquino. Historia das Sociedades 34ᵃ edição, foi o período de uma longa crise que abalou os EUA e todos aqueles países que dependiam do capital Norte-americano, que teve seu início em 1929 e alastrou-se ate as vésperas da segunda guerra mundial. Todos bancos faliram, a agricultura observou uma depressão considerável e a taxa de desemprego foi muito elevada. A crise estendeu-se ate aproximadamente 1933.
²A new Deal, foi um termo retirado do discurso de Franklin Roosevelt, que constituía num conjunto de medidas novas adotadas para combater a crise.
2.      De 1929 a 1939, quando a grande depressão se encarregou de jogar por terra a ilusão da paz, e o mundo caminhou para o novo conflito.
Na primeira fase, apesar da crise permanente, marcadas por momentos de aparente prosperidade, acreditava-se que a guerra fora banida da face da terra. Acreditavam-se também que os princípios liberais e democráticos haviam triunfado definitivamente, devido ao aniquilamento de tradicionais monarquias militares e o desenvolvimento de regimes conservadores apoiados em exércitos e igrejas reacionárias (Ibidem 263).
A tendência foi no sentido de um esfriamento geral e de formação de um sistema de segurança coletiva a fim de evitar nova guerra. Por isso organizaram a liga das nações para garantir a paz e segurança internacional; igualmente realizaram varias conferencias e firmaram acordos e tratados diversos, evidenciando a preocupação de solucionar as divergências pacificamente e garantir uma paz durável (Ibidem. 264).
A liga das nações a princípio, pareceu corresponder as esperanças nelas depositadas. Isto porque consegui solucionar inúmeros problemas, em esquecer que a admissão da Alemanha em 1926 naquele organismo, representava uma Victória na reorganização da paz (Ibidem. 265).
Os problemas internacionais eram ainda mais agravados devido a política norte-americana e a situação política da URSS. Os EUA embora adquirissem a posição de primeira potência mundial, mantiveram-se formalmente afastados, dos problemas europeus, dentro dos parâmetros do seu isolacionismo, reafirmado pela recusa do congresso em assinar o tratado de versalhês e de participar na liga das nações. O isolacionismo americano não significava afastamento, separação, mas sim a recusa em estabelecer qualquer compromisso capaz de limitar sua liberdade de ação, de restringir suas possibilidades de intensificar o comércio externo, ampliar seus campos de investimentos e receber as dívidas das guerras. Dai os tratados de paz assinados.

Conclusão
As relações internacionais são um conjunto de princípios diplomáticos, estabelecidos entre empresas, dois ou mais países ou povos com o propósitos políticos, econômicos, sociais, militares, culturais, comerciais e do direito.
Durante o surgimento das relações internacionais, como se pode constatar na história, enfrentou momentos diferentes, desde as alianças entre povos e estados, e também dominadas por guerras intensas entre estes estados não aliados e em alguns causos baseados na religião, guerras estas com períodos longos, que consequentemente provocaram uma enorme crise financeira nas potências mundiais, como o caso dos América do norte que todos seus bancos faliram e os países aliados foram seriamente afetados com a crise. A Inglaterra, a Alemanha, a França, também não escaparam estas crises que ocorreram dentro do período 1929-1939, abordados nesse trabalho.

Bibliografia
1.      AQUINO.JACQUES.DENIZE.OSCAR. Historia das Sociedades. 34ᵃ ed. Editora ao livro técnico 1995. Rio de Janeiro Brasil
2.      JOBSON, José. PILETTI, Arruma Nelson. Toda a História, história geral. Editora ática. 1994. São Paulo


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