Corrupção por consequência do capitalismo em Moçambique
Corrupção em
“Quando
os GRANDES se corrompem, os pequenos imitam; O nosso objetivo não é sermos o
país africano menos corrupto, mas sim eliminarmos radicalmente a CORRUPÇÃO”
Samora Machel, por Kok Nam
Em
Moçambique existem sectores onde a corrupção parece legalizada, e parece que o
Gabinete de Combate a Corrupção só atua em rombos minoritários e em
estatísticas superficiais. Existem casos claros e evidentes de corrupção, nas
instituições do Estado, como estes que citarei a seguir que estão diariamente
aos nossos olhos:
Por
exemplo: O Centro de Integridade Publica (CIP), realizou uma pesquisa em 2014,
que conclui que a corrupção era uma das principais causas dos acidentes de
aviação no país, mas que não estava merecer atenção das autoridades públicas, a
busca de solução contra os acidentes (CIP: Carta de condução a venda no
INATTER. Corrupção que custa vida. Edição nº 35/2016).
· Caso da Venda de Cartas
de condução por parte da INATTER, tornou-se,
negócio desavergonhado, de 2015 a 2016, 1000 cartas de condução forma
adquiridas no INATTER, só em Maputo e Matola por via da corrupção. E mesmo para
o caso de realização de exames (principalmente o pratico), os próprios
instrutores já aconselham o candidato a portar valores assomados para o
suborno, caso não será reprovado (Idem).
·
Caso de atestado médico e
do registo criminal: foi reportado várias
vezes pela imprensa, a ultima que me recorde se deu a 26 de agosto de 2016 por
um canal televisivo STV num programa de jornalismo investigativo, onde de forma
clara descreveram o escândalo que anda por detrás da compra do atestado médico
e do registo criminal em Moçambique, os mesmos custam três vezes mais elevados
que o preço normal, e sem exames médicos, nem levantes criminais.
·
Caso da compra de vagas
para o emprego: hoje em dia em Moçambique, para um
individuo trabalhar, ou tem que usar a via do nepotismo, ou então pela
corrupção, os casos de entrada legal na maioria dos casos no aparelho do Estado
são contáveis a dedos, e não há camada social que escape essa demanda
corruptiva.
·
caso das sobrefaturações em obras
públicas. Valores exorbitantes para trabalhos insígnios, várias são as
reportagens dos mesmos, poucos são seus desfechos, por envolvem dirigentes e
individualidade que se consideram intocáveis pela lei.
·
Caso do negócio por
detrás dos manuais de ensino primário: Desde
2004 que o Governo provê anualmente e de forma gratuita livros escolares aos
alunos do ensino primário em Escolas públicas e comunitárias, um investimento
estimado em cerca de 1 bilião de meticais por ano, financiado por Parceiros de
cooperação, através do Fundo de Apoio ao Sector de Educação (FASE). Tanto a
gratuidade do livro escolar quanto a sua liberalização, foram pensadas,
Debatidas e propostas a partir de fora – pelos parceiros. A provisão do Livro
Escolar para os alunos do ensino primário, que envolve desde a aquisição no
exterior, importação E distribuição, constitui o maior e um dos mais importantes
investimentos para o sector da Educação em Moçambique, Com um custo médio anual
de cerca de 1,4 bilião de meticais, cerca de USD 23 milhões 1. Maior parte
destes fundos, Aproximadamente 1 bilião de meticais, cerca de USD 17 milhões,
destina-se à aquisição de manuais escolares e os Restantes 400 milhões de
meticais, cerca de USD 6 milhões, aos serviços de desalfandegamento e de
transporte para a sua Alocação nas escolas.
Anualmente empresas internacionais e nacionais do ramo da indústria
editorial e gráfica facturam Milhões com a produção e impressão do livro escolar
(CIP. Negócio do livro escolar em Moçambique: quanto custa, quem ganha, quem
perde e que reformas são necessárias? Maputo, Janeiro de 2022. P6)
Os
escândalos na educação como é o caso dos manuais com erros graves, mostra o
nível de despreocupação pela educação no País em troca do acumulo do capital.
O
caso das alfândegas nas fronteiras, dos polícias nas portagens, dos ditos
“refrescos” em muitas partições do Estado, e muitos outros casos que vocês se
lembram, são provas claras de ambição cega pelo acúmulo do capital em
Moçambique, torna o País mais pobre ainda, pois as divisas que deviam ser
convertidas a favor do Estado, para promover o desenvolvimento, servem de capital ilegal privado, vamos salvar o mundo do capitalismo do capitalismo frio sanguinário e individualista, destruidor da unidade nacional.
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